domingo, 27 de dezembro de 2009

Financiamento de Imóveis

Vai reformar a casa? Conheça linhas de crédito oferecidas pelos bancos

Instituições têm financiamentos específicos para reformas de residências.
Para especialistas, é preciso fazer bem as contas antes de assumir dívida.
Do G1, em São Paulo
Os bancos brasileiros estão oferecendo linhas específicas para quem precisa reformar a casa. Com mais opções disponíveis, os especialistas dizem que é preciso evitar a "síndrome do excesso oferta". Mesmo que o gerente do banco insista que o crédito é barato, vale a velha recomendação: faça bem as contas para não perder o controle do seu orçamento.

Para o especialista em finanças pessoais Alexandre Lignos, a primeira pergunta que a pessoa deve fazer é: essa obra é mesmo necessária neste momento? "Se é um problema estrutural, a chuva que destruiu o telhado ou a porta da frente que foi arrombada, não há dúvida. É um caso de emergência, e o jeito é procurar a opção com a melhor taxa de juros."

Veja as condições oferecidas pelos principais bancos:

Banco do Brasil BB Crédito Material de Construção:
- Prazo de pagamento: até 60 meses
- Valor liberado: de R$ 70 a R$ 50 mil
- Taxas de juros: de 1,66% a 3,13% ao mês
Bradesco Linha para materiais de construção:
- Prazo de pagamento: até 36 meses
- Valor liberado: de R$ 500 a R$ 7 mil
- Taxa de juros: de 1,89% a 3,79% ao mês

Linha para reforma de imóveis:
- Prazo de pagamento: até 48 meses
- Valor liberado: até 70% do valor
- Taxa de juros: 3,45% ao mês
Caixa Crediário Caixa:
- Prazo de pagamento: até 24 meses
- Valor liberado: até R$ 10 mil
- Taxa de juros: 1,57% ao mês + TR

Construcard:
- Prazo de pagamento: até 60 meses (incluindo período de compras)
- Valor liberado: até R$ 180 mil
- Taxa de juros: de 5% a 8,16% ao ano.
Santander/Real Linha para material de construção:
- Prazo de pagamento: até 48 meses
- Valor liberado: até R$ 50 mil
- Taxa de juros: a partir de 2,19% ao mês.

Em outros casos, porém, o especialista lembra que é possível esperar. "Se a ideia for pintar a casa, deixar mais bonita, é uma coisa que talvez dê para esperar mais um pouco. Por mais que o financiamento seja barato, ele não deixa de ser um empréstimo que a pessoa terá que pagar", explica o especialista.

Mesmo em tempos de otimismo econômico, com previsão de crescimento de pelo menos 5% para 2010, é bom pensar na diferença entre a cigarra e da formiga, de acordo com Lignos. E o brasileiro sempre tende a usar a lógica da cigarra: "Ninguém pensa que vai ficar doente, que vai perder o emprego, que pode vir uma crise."

Empolgação, de acordo com o economista, deve ser palavra riscada do caderno de quem vai iniciar uma reforma. "Especialmente no primeiro imóvel, é muito comum a pessoa buscar os melhores materiais, gastar mais. Mas a obra sempre sai mais cara do que o previsto. Após fazer as contas, é sempre bom acrescentar 20% ou 30% em cima do orçamento original", diz ele.

Na ponta do lápis
Para o professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, um empréstimo de juros baixos pode ser uma boa saída neste momento, desde que o consumidor não deixe de fazer as contas. Segundo ele, com a economia aquecida, é possível que os preços dos materiais de construção subam em 2010. "É preciso ir ao banco, fazer comparação e colocar tudo no papel."

Ao decidir tomar a dívida, entretanto, o consumidor não deve levar em conta somente o empréstimo para as reformas, mas também as outras contas que têm que pagar. "Ele não pode deixar de pagar outras dívidas que custam caro." Leite também lembra que, em caso de reformas de menor valor, há também a possibilidade de parcelar no cartão de crédito, sem juros.

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